E o mundo flamenco vem com novidades para lá de especiais.
O flamenco não seria o que “É” sem Paco de Lucia, o imortal guitarrista que através de sua obra transcendeu o próprio flamenco e nos trouxe o que conhecemos hoje como a música flamenca contemporânea.
Pepe de Lucia, seu irmão é um cantaor que me emociona muitíssimo, mas eu não o teria conhecido sem ter me apaixonado pela linguagem de Paco de Lucia pois, aqui do outro lado do oceano, no Brasil, em um tempo nem tão remoto, sem internet e sem acesso tínhamos apenas um par ou dois de discos. Eles eram como ouro e neles adquiríamos mais do que música, aprendíamos flamenco e nos transformávamos pelas mãos de paco.
Por conta do talento de Paco, músicos de todas as áreas conheciam e seguem conhecendo este instrumentista e compositor que ganhou por mérito (e genialidade) a sua importância histórica inegável na música e no instrumento (que é a guitarra flamenca), fazendo história e transformações durante toda sua vida e vivendo mesmo após sua morte através da sua obra.
Antes de serem conhecidos como Paco de Lucía e Pepe de Lucía, Pepito e Paquito, os irmãos Sánchez Gómez, eram prodígios do canto e violão cercados de arte e música começando uma vida na música. Em 2024, marcando uma década da morte de Paco, uma homenagem se transforma em um presente musicado para todo o mundo. A BMG, juntamente com a Fundação Paço de Lucía lançaram agora mesmo, em 2024, um resgate de 21 peças inéditas reunidas em uma obra carinhosamente chamada de “Pepito y Paquito”, que nos contam musicalmente como foram os anos e as evoluções de Paco y Pepe de Lucia, irmãos artistas que se transformaram em lendas do flamenco.
“Bulería Niño Ricardo” e “Me Falta la Resistencia”, os dois primeiros singles de Pepito y Paquito, são duas dessas gravações que antecedem seus primeiros trabalhos oficiais, quando assinaram como o duo Los Chiquitos de Algeciras em 1961. Gravados de forma rudimentar com um gravador Grunding da época, eles representam dois documentos sonoros que contêm um valor histórico incalculável.
Paco não hesitou em fundir o flamenco com outros estilos, do jazz à música clássica, sem perder uma profundidade inegável que respeitava uma tradição que conhecia do avesso. Soma-se a isso um domínio técnico que mudou a forma de tocar guitarra flamenca e, acima de tudo, uma inspiração que lhe permitiu desvendar emoções que transcendem peles e culturas. Uma visão única e capacidade de transformar formas e narrativas de um gênero universal. Através de notas e acordes tocados com elegância e compostura, ele marcou uma era de expansão flamenca para todos os tipos de latitudes e territórios sonoros.
Press releases DL MEDIA MUSICA
Para quem não tem muita intimidade com a sua trajetória e quiser fazer uma viagem pelos momentos imperdíveis da obra de Paco, recomendo que ouçam:
- A Arte paco de Lucia
- Solo quiero Caminar
- Luzia
- Castillo de arena
- Potro de Rabia y Miel ( com Camarón, Paco de Lucia y Tomatito)
- Ziriab
- Siroco
Em seguida, embarquem no mundo das fusões e dos grandes encontros com músicos incríveis, repleto de transformação que surgiriam a partir deles:
- Friday Night in San Francisco
- The guitar trio
- Paco De Lucia Sextet – Live… One Summer Night
Por último, e não menos importantes, a preciosidade do Cd Cositas mias e o novo Pepito y Paquito, recém saído do forno.
Deixaremos o link de Pepito y Paquito a disposição no spotfy da casa em Si para vocês: https://open.spotify.com/playlist/4SLrf7D9zPKJL7rrNAwMJl?si=1e03ddbe8d6b4812
Vida longa aos gênios que vivem através da sua obra!
Cylla Alonso